Iara, a Sereia Dos Rios

Universo do Cordel

Compositor: Jerson Brito

Reza a lenda que Iara
Por sua beleza rara
Era estrela na ocara
Uma índia encantadora
Por isso, recebedora
Dos elogios paternos
Mas ante os olhos fraternos
Da inveja atiçadora

Seus irmãos não suportavam
Aquilo que observavam
Sua morte planejavam
Até ser chegado o dia
À noite, quando dormia
Tentaram cumprir o plano
Mas aquilo foi insano
Iara mui bem ouvia

Aguçada a audição
Essa movimentação
Percebeu, e a reação
Depois de escutar as vozes
Foi matar os seus algozes
Fazendo isso fugiu
Pegá-la o pai conseguiu
Punições eram ferozes

No encontro de rio famoso
Solimões, tão caudaloso
C'o Negro bem grandioso
Pelo pai pajé jogada
À tona depois levada
A garota da aldeia
Numa formosa sereia
Foi por peixes transformada

A figura estonteante
Cabelo longo, brilhante
Melodia cativante
Ela canta, irresistível
No fascínio indescritível
Os homens sempre deliram
E dentro do rio se atiram
Seduz de maneira incrível

Eis a história resumida
Da Mãe d'Água conhecida
Pelos índios tão temida
Por causa de seu poder
Se chega o entardecer
Não passam perto de rios
Porque sentem calafrios
Têm medo de se envolver

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